Só recebi a foto depois do post (o último), mas aí está a prova do meu passeio de bicicleta!
Em seguida a vizinha me ligou, combinamos tudo e ontem fui lá. Um bebê de 1 ano e meio e um outro menino duns 3, 4 anos. Os dois muito fofinhos. Cheguei no apartamento e eles estavam acordados, então tive que colocá-los para dormir e, porque não, contar historinha - em francês, coisa linda. Uma hora depois os dois estavam em sono profundo e fiquei no gtalk, usando o macintosh com uma tela gigante que ficava na sala de televisão. Ganhei o mesmo tanto que ganho por dia na Brasserie... Como era na vizinha, em 3 minutos eu estava de volta e ela pegou meu telefone para quando precisar dos meus serviços novamente.
Além do dinheiro, o que me deixa feliz é perceber que eu tenho jeito com criança, apesar de tudo que meus amigos me falavam quando eu pensava em ser au pair. Só para lembrar: os dois meninos nunca tinha me visto na vida, ficaram sozinhos comigo em casa e dormiram tranquilos e satisfeitos.
Na Brasserie, a semana foi bem tranquila. Apesar do sol continuar lá brilhando, o frio voltou. E quando faz frio, todo mundo se esconde. A regra só não vale para a sexta, porque... Bom, porque é sexta, obviamente. Durante o trabalho, é tudo muito corrido e nem tenho tempo de conversar com as outras pessoas que trabalham lá. Uma das garçonetes sempre almoça comigo, mas ela não é muito de conversar. Tem alguns dias em que a sogra da Chrystel, minha chefe, e mãe do Philip, o chefe de cozinha, vai ajudar no caixa. Ela trata todo mundo pour "vous", inclusive a Chrystel e acha que eu estou lá para servi-la também. Então quando ela me manda fazer algo eu obedeço, mas quando fico um pouco perdida e pergunto alguma coisa ela só me diz: "eu sou a caixa, não tenho nada a ver com isso". Mala. Para não dizer coisa pior.
Além de levar os pratos nas mesas, como eu já disse, ajudo a lavá-los, o que significa colocar no lava-vasilhas, tirar e ver se tá limpo mesmo - se não tiver, dar um jeito de deixar limpo - enxugar e guardar. Nesse processo, todo cada dia aumenta o meu desprezo por pessoas que desperdiçam comida. Nunca gostei de quem deixa metade do almoço no prato, mas agora tenho três vezes mais motivos para detestar essas pessoas. Primeiro: as outras garçonetes vem com pressa, não acertam a lixeira todas as vezes, e a pia vai virando um nojo de resto de comida misturada. Segundo: tem umas sobremesas que voltam intocadas quando eu estou morrendo por um chocolate. Terceiro: tem gente que pede um prato cheio de coisas para comer duas batatas fritas, porque não vai almoçar no Spa?
Na escola, eu finalmente passei para o B2! Como hoje foi o último dia, escrevi um cartãozinho para a professora e outro para a Ada, a canadense que no começo me deixava impaciente, mas que no fim me tratava tão bem que eu aprendi a admirar e acabei me afeiçoando. Ela me disse que tem uma casa grande no Canadá e mora sozinha, por isso a família e os amigos ficam sugerindo que ela mude para um apartamento. Falei com ela para receber estudantes estrangeiros em casa, igual a Geneviève. Quem sabe ela não vai pensar a respeito?
Hoje cheguei em casa e fui fazer a unha, que tava uma coisa realmente horrorosa depois de tanta lavação de vasilha. Nesse processo deixei a TV ligada e percebi que minha compreensão oral está realmente muito melhor. Percebi também a quantidade de reality show de culinária que existe por aqui. Não são programas de receita, como Ana Maria Braga, são competições com gente comum ou chefes de cozinha, mas tudo muito sofisticado. No geral são interessantes, mas é cozinha demais...
Daqui a pouco o Thibaut chega em Lyon, mas ele não vai para Avignon comigo, pois os pais dele vão passar um mês no Nepal e ele vai passar o sábado com eles. Como ele chega meia noite, comprei um red bull para tentar ficar acordada. Custou 1,5 (não foi um energético genérico, foi red bull mesmo)... Espero que funcione. Espero também ter muita coisa para contar na segunda! Bom fim de semana a todos!
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