quinta-feira, 4 de agosto de 2011

München

Cheguei em Munique domingo, às 17h28. Peguei o metrô, achei o hostel facilmente e já fui logo fazendo amizade com uma inglesa que estava no meu quarto. Falei com ela que eu ia sair para comer e perguntei se ela queria ir junto. Ela não só quis, como ainda me levou na cervejaria mais tradicional da cidade, a "Hofbräuhaus". Chegando lá, ela me explicou que o pai dela era alemão, por isso ela sabia falar o idioma e já conhecia um pouco da cidade. Ótimo, porque eu não tinha a menor ideia do que estava escrito no cardápio. Comi salsicha com mostarda e batatas e pedimos um caneco de um litro de cerveja (o menor era de 500 ml). O lugar é muito legal: uma salão cujo teto é lindamente decorado, com várias mesonas de madeira, onde os nativos se misturam aos turistas ao som de música típica da Bavaria. 

Voltando para o hostel, descobri que tinham mais duas adolescentes alemãs no meu quarto, bem simpáticas. Durante o dia, no entanto, cada um seguia sua rota. No primeiro dia, fui à Pinacoteca, onde eu sabia que encontraria vários impressionistas, mas não fazia ideia de que iria me deparar com o quadro mais caro do mundo: Os Girassois, de Van Gogh. Vendo de perto entendi tudo. A tela é fantástica - mas é algo que só indo lá para saber. Passei ali alguns bons minutos hipnotizada. Felizmente, ao contrário da Monalisa, não havia 457 turistas ao redor tirando foto. 

De tarde fui para o centro da cidade e visitei todos os prédios e igrejas velhas. O mais bonito e mais famoso deles, sem dúvida, é o Rathaus, construído para ser a prefeitura. A fachada é toda em estilo gótico (cheio de torres e firulas) com flores vermelhas nas sacadas. Numa das torres tem uns bonequinhos que "dançam" às 11h, ao meio dia e às 17h. Ali perto também tem um mercado a céu aberto (viktualienmarkt), muito simpático, com um beergarden no meio (mesonas de madeira com quiosques em volta onde a galera fica bebendo e comendo desde antes de meio dia até sei lá que horas). 

No dia seguinte peguei o metro e fui para o museu da BMW, que na verdade está mais para megaloja com atraçõe hi-tech. De lá saí no Olympic Park, onde foram realizadas as olímpiadas de Munique, em 1972, mas que hoje virou parque de diversões com aquário e roda gigante. 

À tarde fui ao Palácio de Nymphenburg, que é bonito, mas parecido com os castelos da França - um prédio largo e comprido com jardim igualmente largo e comprido, cheio de estátuas, lagos, fontes, etc. Por fim fui ao English garden, um parque gigantesco com uma boa área de floresta (e não apenas grama) e um beergarden no meio. Tomei meia cerveja (500ml) e fui para o mercado no centro, para tirar dinheiro (porque na Alemanha cartão de débito é só para compras acima de 20 euros). E comi, adivinhem: salsicha com batata (porque se não for com batata é com repolho). 

O último dia foi um daqueles que, quando acabam, a gente pensa: "no fim deu tudo certo", mas só depois de ter vivido muitas desventuras.     

Pra começar, a noite não dormi muito bem, entao já acordei super cansada. Na hora que eu estava saindo, não sei como, joguei meu blush no chão e ele espatifou em mil pedacinhos (vou ter que comprar outro). Arrumei a bagunça, desci e percebi que tinha fechado o quarto com a chave dentro. A moça da recepção subiu lá, abriu pra mim e enfim saí. 

Me informei na estação de trem sobre como ir para o castelo que foi usado pela disney como inspirição para Cinderela - o Neuschwastein Schloss. Daí peguei o trem ate Füssen (2h de viagem), com meu pass e de lá um ônibus pro castelo, que custou 3,8 ida e volta. 

Até aí tudo bem. O problema é que no dia anterior tinha feito um solão em Munique e na hora que saí também estava quente. Entao saí de short e  não levei guarda chuva. Aí obviamente esfriou e choveu. 

Chegando em Füssen vi que não ia ter jeito e comprei um guarda-chuva, 4 euros. Ainda bem, porque o ônibus, na verdade, não leva até o castelo, mas só ate uma praça onde fica a bilheteria. Pra chegar ao bendito chateau a gente ainda tem que andar 40 minutos na subida. Comprei o ingresso, 8 euros pra estudante, e lá fui eu subir. Para minha sorte, eu estava com uma canga na bolsa e consegui improvisar um chale. Cheguei lá no alto antes de 16h horas e meu bilhete era para 18h10 (a única opção é visita guiada, com horário marcado). Nesse meio tempo choveu, ventou, fez frio e a gente teve que esperar do lado de fora, debaixo duma cobertura minúscula. Fiquei tirando fotos e por fim achei um casal de brasileiros pra conversar - e eles me aconselharam a comprar uma capa de chuva por dois euros pra esquentar. 

Enfim entrei no castelo, fiz aquele tour basico de 5, 6 cômodos num prédio q tem pelo menos 20... Daí desci correndo pra pegar o ônibus de volta. Tive que trocar de trem duas vezes e cheguei em Munique 22h20 - mas a prova de que esse não era meu dia foi quando tentei comprar um chips na maquininha e ela pegou meu dinheiro, mas o chips ficou enganchado... 

Hoje acordei cedo, tomei café da manhã correndo e escrevi esse post no trem vindo para Praga. O hostel aqui é excelente, mas isso fica pro próximo post.  

Curiosidades sobre Munique:

- Enquanto o sinal de pedestre estiver vermelho ninguém atravessa a rua, mesmo se não tiver nem barulho de carro se aproximando. 
- O metrô não tem catraca. É do tipo "chegou, entrou". Se a fiscalização aparecer e você estiver sem bilhete, no entanto, a multa é de 40 euros. Mas não passei por nenhuma (apesar de sempre ter bilhete). 
- O trânsito lá é ótimo e os motoristas super educados. Mas é a cidade que tem mais bicicletas na Alemanha e os ciclistas, estes sim, vão fazer de tudo para te atropelar. 
-Todo mundo fala inglês, menos o pessoal que trabalha nos guichês da estação de trem. 
- Comecei a achar que alemão não é tão difícil assim e que se eu passasse mais uma semana lá já ia aprender algumas coisinhas. 

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