quarta-feira, 16 de março de 2011

Joyeux anniversaire

Genevieve tinha cismado que eu tava fazendo 23 anos... Bom pra mim! hehe

Finalmente tenho um computador para chamar de meu (e com todos os acentos que preciso). Ele quase chegou na segunda, de presente de aniversário, mas aqui na França os prédios não tem interfone (sério!), então aconteceu um pequeno desencontro. Na porta de cada prédio é preciso digitar um código para abrir a porta. Se você convida alguém para vir na sua casa, tem que contar o código para essa pessoa. Se convida dez pessoas, tem que contar para todas elas. Se alguém vem fazer entrega, tem que dar o código para o entregador...

Sabendo disso, na segunda à tarde liguei para a Sony e informei o código - e ontem foi um dia muito feliz porque meu ''ordi'' (ordinateur) chegou. Mas enfim, vamos recapitular desde o fim de semana. No sábado, como eu tinha contado, o Thibaut veio almoçar aqui. Fiz panquecas e, obviamente, ele e a Genevieve adoraram, porque eu cozinho super bem e sou muito modesta. Depois fomos ao cinema e dessa vez não entendi tão bem o filme, porque os atores falavam mais rápido e usavam uma linguagem demasiadamente coloquial. Mas o cinema era muito simpático: salas bem pequenas, que cabem menos de 50 pessoas, uma tela bem pequena (porque a gente fica bem perto dela), muito fofo! Depois fomos a um restaurante japonês onde os pratos ficam passando em esteiras e quando você gosta de alguma coisa é só pegar e comer.

Domingo estava chovendo, eu acordei tarde, passei o dia inteiro com preguiça e só no fim da tarde fiz algo de útil: comecei a preparar a comida do aniversário! Na segunda, grande dia! Cheguei na escola e todos vieram me cumprimentar. A canadense até comprou uns chocolatinhos e um cartãozinho de presente. Na hora do intervalo, alguém perguntou quem era a Fernanda e falou que era para o pessoal da minha sala esperar mais um pouco antes de voltar do intervalo. Nisso a professora chegou com um bolinho e cantamos parabéns. Depois ela me contou que foi a Genevieve quem preparou tudo. (Eu sei, dei uma baita sorte de vir morar com ela e sou muito feliz por causa disso).

Depois da aula a Juliana veio me ajudar a preparar tudo: torta de frango (um dia a aula era sobre comida e a professora perguntou o que a gente conhecia como recheio de torta. Falei "frango" e ela ficou horrorizada), pastel frito (em francês nem tem um nome para isso), brigadeiro e bolo de cenoura com cobertura de chocolate. Vieram três alemãs, que me trouxeram flores, um livro de poesias em francês e um cartão escrito em alemão, a holandesa, que trouxe um drink super colorido, o suiço, que também trouxe flores, e o Thibaut, que chegou meia hora mais cedo para trazer leite porque eu ia precisar para fazer a cobertura do bolo e não tinha aqui em casa.

A Juliana tinha trazido uma cachaça (que ela trouxe do Brasil pra família dela, mas eles não bebem), então fizemos caipirinha e eles adoraram. Todo mundo comeu bastante. Mais tarde tocamos samba, ensinamos a gringaiada a dançar funk (bonde do tigrão), e rimos bastante. Genevieve ficou a maior parte do tempo no quarto, mas volta e meia ela vinha na sala e ficava tirando fotos (que em breve estarão disponíveis em algum lugar da internet). Como o último ônibus saía meia noite, todos foram embora 23h e pouco. O Thibaut ficou e me ajudou a arrumar tudo. Depois ainda entrei no skype.

Ontem eu era puro sono na aula. Mas de noite foi aniversário de uma das alemãs e eu "tive que ir". O lado bom foi que, no bar onde fomos, que fica numa rua cheia de bares, estão precisando de garçonete. Conversei com um cara lá do caixa e expliquei que eu era brasileira e não tinha experiência, mas ele falou que o que conta é a motivação e disponibilidade. Hoje preparei o currículo e a carta de motivação e amanhã saindo da aula passo lá. Talvez eu tenha que trabalhar até tarde, quando os ônibus não passam mais, e talvez isso signifique ter que procurar outro lugar para morar. Fico muito muito triste de pensar em mudar daqui, pois a Genevieve é "super"! Por outro lado, aqui não tem nem padaria perto e às vezes é bem chato ter que voltar para casa sempre meia noite (nem um minuto a mais, nem um a menos).

Mas ainda não sei de nada. O importante é que estou vendo uma porta aberta e o vendo anda soprando super a meu favor. Me xinguem se eu reclamar de qualquer coisa, pois minha vida por aqui está ótima!

Bises et à bientôt!

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